Lipoinjeção ou Enxertia de Gordura segue a tendência de ser usada com Procedimento em Alta

Cirurgiã Plástica, Dra. Edith Horibe, explica a diferença entre Lipoaspiração, Lipoescultura e Lipoinjeção: procedimentos que ajudam no Rejuvenescimento da Pele

Gordura localizada não se perde do dia para a noite, requer tempo, força de vontade, exercícios físicos e alimentação adequada. Mas, quando não tem mesmo jeito do corpo ganhar nova forma, o tratamento estético surge como uma boa opção.

Tendo em mente que esse será o melhor caminho, a escolha da clínica e do cirurgião plástico, que deverá ser credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e com experiência na área, é fundamental para que sejam esclarecidas as dúvidas quanto ao procedimento correto que deverá ser feito e para que a cirurgia fique de acordo com o que o paciente deseja.

Para eliminar as gorduras que insistem em deformar o corpo, tornando-o feio, a Dra. Edith Horibe, PhD pela Faculdade de Medicina da USP, diretora fundadora da ABMAE - Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento, expoente em Gestão Antienvelhecimento e em Estética Médica, indica e esclarece as dúvidas sobre Lipoaspiração, Lipoescultura e Lipoinjeção ou Enxertia de Gordura. Mas, alerta:"somente através de uma correta avaliação é que podemos decidir se devemos ou não realizar a cirurgia".

A médica explica que a Lipoaspiração consiste na modelagem do corpo através da aspiração de depósitos de gordura localizada. Pode-se trabalhar a gordura praticamente ao longo de todo o corpo. “O aprimoramento de métodos nos permite tratar mais e melhor as camadas de gordura”, afirma a Dra. Edith.

A lipoaspiração não deve ser feita visando perda de peso, para tratamento de obesidade, mas sim uma melhora das formas. É indicada ao paciente que apresenta gordura localizada e que está dentro da sua faixa normal ou um pouco acima do seu peso.

Os locais de maior quantidade de gordura no corpo e alvos principais da lipoaspiração são a região do abdome, costas, flancos, nádegas e coxas. Outras áreas menos frequentes, que também podem ser lipoaspiradas são: as regiões do queixo, axilas, braços, joelhos, pernas e nuca. O procedimento consiste na criação de pressão negativa, por meio de uma seringa e na passagem desta para a ponta de uma cânula.

Como toda cirurgia, o resultado final depende de fatores, como qualidade da pele, grau de flacidez da pele, gestações prévias, biotipo e conformação corporal, mas sempre existe a possibilidade de melhora de contorno, quando o procedimento é bem feito.

É importante ter em conta que grandes volumes retirados podem levar a riscos, tanto no ato operatório, quanto no pós-operatório. É consenso, na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que o volume total de gordura a ser retirado por sessão, não ultrapasse de 5 a 7% do peso corporal. O cirurgião plástico deverá esclarecer o volume ideal para cada  caso.

A Dra. Edith Horibe explica que quando há necessidade, a mesma gordura retirada é reaplicada em outra parte do corpo onde existe depressão, deformidade, irregularidade de contorno, alguma ruga ou falta relativa de gordura. Como a gordura é reaproveitada, criou-se o termo “Lipoescultura” para definir a modelagem realizada com a gordura proveniente da lipoaspiração, “A Lipoescultura consiste em retirar a gordura de algumas áreas (abdome, flancos, joelhos, culotes e coxas), colocando em outras (nádegas, retrações naturais, depressões de celulite, sulcos e depressões do rosto, aumento dos lábios)”, diz a Dra. Edith.

Já a Enxertia de Gordura também conhecida como Lipoinjeção é um procedimento utilizado pelos cirurgiões plásticos há muito tempo, que agora voltou com força total, tendo a tendência de ser usado com as células derivadas de tecido adiposo previamente processado, como foi amplamente apresentado no 20o. Congresso International Society of Aesthetic Plastic Surgery, em agosto de 2010, em São Francisco, EUA.

Este processamento pode ser no próprio centro cirúrgico ou enviar o tecido gorduroso para o laboratório específico onde se faz o cultivo de fibroblastos. Estes fibroblastos autólogos (do próprio paciente) pode ser injetado depois na pele da face ou mão, promovendo o rejuvenescimento.

É um processo no qual as células de gordura são colhidas de uma parte do corpo do próprio paciente e injetadas em outro. Os enxertos de gordura tem uma capacidade de permanência, sem absorção, em torno de 50% do volume injetado, e os resultados são bastante satisfatórios, principalmente para o paciente que necessita alterar a silhueta como um todo.

Contudo, de acordo com as técnicas empregadas, pode-se apresentar sangramento elevado, manchas roxas no pós-operatório e ainda possíveis ondulações na superfície da pele. Vários métodos têm sido estudados para diminuir estes efeitos colaterais, como a lipoplastia tumescente, lipoaspiração ultra-sônica e a vibrolipoaspiração.

Dra. Edith Horibe aponta alguns itens para que a cirurgia transcorra sem problemas:

-  Avaliação do paciente pelo exame físico, laboratorial e exame funcional;
- Avaliação da extensão a ser lipoaspirada (item de suma importância para não exceder o limite de tolerância e de capacidade de recuperação do corpo humano);
- Tomar todos os cuidados de preparo pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório;

- Definir a melhor técnica operatória;

- No caso de Lipoinjeção (Enxertia de Gordura), tomar cuidados técnicos;
- Desencorajar a mega lipoaspiração.

A médica explica que a tendência da cirurgia plástica hoje é ser minimamente invasiva, sendo que a lipoinjeção é um procedimento que será cada vez mais utilizado como recurso para correção de sulcos e depressões, trata da face como do corpo (bigode chinês, lábios, preenchimento da maçã do rosto, bumbum, barriga da perna etc.).

Retirando depósitos de gordura, que não cedem com regimes alimentares ou exercícios físicos, e transferindo esta gordura para regiões que necessitam de um aumento de volume ou diminuição de uma depressão/sulco, obtém-se um perfil corporal bastante harmonioso, bonito, finaliza a Dra. Edith.